sábado, 25 de agosto de 2007

Olho e vejo a mulher entre as paredes de uma gruta, dentro de um útero. Húmido ,aconchegante, mansamente caliente. A mulher nua, despida de sonhos, expectante, mansamente expectante. As plantas, vivas, vivem do alimento das paredes da gruta, da seiva que nasce oculta e se derrama por elas. A mulher aguarda o momento de fuga do longo instante. Existe paz, dentro do útero, depois da sonhadora tortura que é para lá chegar.

4 comentários:

JFC disse...

pelos vistos gostas das mesmas pinturas que eu! :) O texto está lindo, para a semana vou por outra pintura q adoro no meu blog para escreveres sobre ela. Queres?
Jinhus!

Lilith disse...

Porque não pões já? ;)

Anónimo disse...

Gostei muito do texto:)

Beijinhos:)

Lilith disse...

Obrigada aos dois. **