sexta-feira, 22 de junho de 2007

SULPOESIS


Se eu soubesse poetar

Cantava um hino à poesia

Comedido ao madrugar

Leviano ao fim do dia

.

Verso pobre a entoar

Uma velha inspiração

Que logo ao despertar

Me retira a diversão

.

Como um pássaro sem asas

Ou um céu pobre de azul

Toda a minha vida passa

À beira de um outro sul

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Lisboa



Lisboa tem lábios de lua de noite ao luar
São lábios de vulva macia de púbis tingida
de sonho e de mar

Sem título


Lesmas baratas serpentes rastejam sob o mesmo ar
H2O meu amor não é mistério para ninguém.

A UMA PASSARINHA CIBERNAUTA


Num dia de musa ardente
Inventaste um lugar
Local de inspiração
De onde pias ao mundo

Não é lugar de vazio
Ou espaço de esquecimento
Coro de razões somente
Que não esquecem com o tempo
.
Aí não mora amargura
Ou algo que se aparente
Transpira só da alegria
De uma ave trepadora

Sem teres lido nem treslido
Assim tanto como alguns
Tens no entanto a vantagem
De saberes mais do que muitos

Lá não revelas quem és
A menos que isso te importe
E se o fizeres é talvez
Porque não temes a morte

Se tens urgência em dizer
O que vai na tua alma
É porque supões o amor
Nessa tua insular terra

Menina bem comportada
Não não o queiras ser
Levanta asas e voa
Voa voa até morreres