
sábado, 25 de agosto de 2007

quinta-feira, 23 de agosto de 2007
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Não sei onde meti o meu caderno de poesias.
SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO
A Costa da Caparica é única, no seu género. Fica a dois metros de Lisboa, que é como quem diz, basta passar a ponte, o que de moto até é muito bom.
Nove e meia da noite do início de Agosto: "Bora lá ver os bares das praias de São João?"
À saída da Via Rápida o carro, em vez de virar para a esquerda, sentido Fonte da Telha, guina para a direita, sentido Trafaria. A meio do percurso nova viragem à esquerda, são as ditas praias. Avista-se uma cancela e uma casinha/contentor com um segurança lá dentro. Ele pede dois euros e meio e em troca entrega um bilhete onde se pode ler que a empresa que explora aquele espaço não se responsabiliza por danos ou furtos nas viaturas de quem passe para lá da cancela. Segue-se por uma estrada mal construída e sem iluminação que se prolonga até uma clareira. Dali para a frente, esquerda ou direita, o piso é de terra batida e o breu impõe-se. Seguimos para o lado sul e paramos no primeiro bar. A construção é em madeira com os pilares a descoberto, bonita à primeira vista. Pelas janelas fechadas vê-se um casal sentado a uma mesa. Avançamos para a porta, pegamos na maçaneta e rodamos o pulso mas, está fechada?! Espreitamos de novo para o interior e está tudo na mesma. Damos a volta à casa e avistamos outra porta. "Ah, é por aqui". Executamos o mesmo processo, debalde. Tornamos a espreitar, sentindo-nos como intrusos em casa alheia, e voltamos para trás. Entretanto pensamos no dinheiro do parque e em como se está bem nas praias da Costa numa amena noite de Verão. "E se fôssemos ver aquele lá do fundo? Bora". Não ficava muito longe mas a noite era escura e pegámos no carro. circulámos alguns metros e deixámos de sentir terra firme, estávamos sobre areia. O carro começou a derrapar e nós a rezar. Enfim, safámo-nos. Conseguindo estacionar dirigimo-nos para outra casa nas dunas de construção semelhante. Nem um leve som de música, nem gente, nem nada, uma desolação. Decididas a vencer os obstáculos, avançamos para norte. Para lá da clareira um único bar aberto. Aberto? Isso pensávamos nós. Bem, faltava-nos ainda ir a um que ficava do outro lado. Acabámos por nos sentar a comer um hamburguer mal parido num sítio com dois grandes écrans onde se podia apreciar a luta de boxe. Muito giro.
sábado, 11 de agosto de 2007
Direcção Geral de Viação
Quem precisar de se dirigir à DGV de Lisboa vai deparar-se com o seguinte cenário:
uma sala apinhada de gente que aguarda, de senha na mão, pela sua vez de ser atendido. Ao cabo de duas ou três horas, a maior parte do tempo de pé (casa-de-banho não se vêm nem máquina de águas ou, simplesmente, de café), finalmente é chegada a sua vez. Uma brutamontes dos seus cinquenta e tal anos, anafada, que não se dá sequer ao trabalho de responder à saudação da tarde, pega nos nossos documentos e desata a escrever números não sem antes perguntar à colega do lado como se faz. Depois apercebe-se que faltam as fotocópias do BI e, com maus modos, pede-nos o cartão. Levanta-se, a custo, e lá vai ela com os gordos bracinhos a abanar, em direcção à fotocopiadora, que está literalmente a dois passos dali. Volta a sentar-se, a resmungar, e atira com o Bilhete de Identidade para cima da secretária. "Olha, ó colega, o que é que eu faço a isto? A colega responde que a outra colega é que sabe e diz-nos: Olhe, encoste-se ali um bocadinho (à parede) que a minha colega está ali a fazer uma coisa e já vem, tá bem? Que se há-de fazer? Está bem, está. E lá vamos nós encostar-nos à parede de antenas no ar não vá a tal colega, por alguma razão que nos ultrapassa, não aparecer. Finalmente a colega, talvez a chefe, pega nos papéis e dirigi-se a um terminal de computador, onde vê qualquer coisa que as outras duas supostamente não viram. "Não, esta carta não está cá, esta carta está em Setúbal; tem de tratar lá porque eles enviaram para lá a carta, não é aqui".
Conforme se pode ver por este excerto de um dia de Verão, a DGV está viva, bem de saúde, e recomenda-se.
uma sala apinhada de gente que aguarda, de senha na mão, pela sua vez de ser atendido. Ao cabo de duas ou três horas, a maior parte do tempo de pé (casa-de-banho não se vêm nem máquina de águas ou, simplesmente, de café), finalmente é chegada a sua vez. Uma brutamontes dos seus cinquenta e tal anos, anafada, que não se dá sequer ao trabalho de responder à saudação da tarde, pega nos nossos documentos e desata a escrever números não sem antes perguntar à colega do lado como se faz. Depois apercebe-se que faltam as fotocópias do BI e, com maus modos, pede-nos o cartão. Levanta-se, a custo, e lá vai ela com os gordos bracinhos a abanar, em direcção à fotocopiadora, que está literalmente a dois passos dali. Volta a sentar-se, a resmungar, e atira com o Bilhete de Identidade para cima da secretária. "Olha, ó colega, o que é que eu faço a isto? A colega responde que a outra colega é que sabe e diz-nos: Olhe, encoste-se ali um bocadinho (à parede) que a minha colega está ali a fazer uma coisa e já vem, tá bem? Que se há-de fazer? Está bem, está. E lá vamos nós encostar-nos à parede de antenas no ar não vá a tal colega, por alguma razão que nos ultrapassa, não aparecer. Finalmente a colega, talvez a chefe, pega nos papéis e dirigi-se a um terminal de computador, onde vê qualquer coisa que as outras duas supostamente não viram. "Não, esta carta não está cá, esta carta está em Setúbal; tem de tratar lá porque eles enviaram para lá a carta, não é aqui".
Conforme se pode ver por este excerto de um dia de Verão, a DGV está viva, bem de saúde, e recomenda-se.
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
DISTÂNCIA
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