A um amor que não serve devia-se deixá-lo morrer à míngua. Levá-lo para o deserto, extirpar-lhe o coração e esvaziá-lo de toda a semente. E, se ninguém o reclamasse, deixá-lo a apodrecer nas escaldantes areias. Abutres bicavam-lhe os olhos, vazando-os das órbitas. Zás! Humores e ligamentos esparramando-se pelos dois lados do crânio.
Fazer um pacto com Hades e entregar-lhe a minha vida em troca desse mal de amor. E rezar, rezar somente, para que viesse Caronte e o levasse sem demora.
No final, da carne defunta, restaria apenas uma carcomida carcaça.
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